quarta-feira, 6 de junho de 2012

Talvez um futuro livro.

"E naquela noite fria, onde todos os corpos repousavam em seus leitos, eu estava lá, em pé. Despertado em meu recanto solitário da parte mais alta da cidade, apenas observava. Meus olhos rapinos, acostumados com a total escuridão, miravam um certo casal perambulando pelas ermas ruas. Logo seguindo os dois indivíduos, uma senhora e seu cachorro. Nenhum destes personagens protagonistas de suas próprias encenações, poderiam imaginar o que estava por vir. O mais assustador, maléfico e horroroso ato que um humano poderia cometer. 
Possivelmente, aquilo não me assombraria. Não para um intelecto acostumado com toda podridão de uma metrópole. Foi então, que percebendo o fato, quase a ser ocorrido, pus-me em movimento.
Entretanto, seria tarde de mais, e eu já saberia que não conseguiria chegar a tempo, porém, ainda assim, resolvi interferir.
No exato momento em que me dispus ereto em frente á todas àquelas partes embaralhadas da anatomia humana repletas do vermelho mais colorido que já se viu, percebi o quão gasto e vagaroso me tornei. Nada mais eu poderia fazer para manter a calmaria anormal de minha treviana cidade. Estou fenecendo aos poucos."

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