sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Meu cérebro casando com minha madrugada quente.

Algumas dores no coração. Duas garrafas de cerveja vazias. Uma perna arranhada de coceira. A dor de perder alguém. O pesar de estar longe de quem mais nos faria bem agora. E tudo isso sendo deixado de lado pelo sentimento inexplicável de conhecer pessoas novas, lugares novos, costumes diferentes.
O meu ser intelecto necessita alimentação de novas culturas. Fui projetado para escutar e absorver toda e qualquer informação, útil ou inútil. E é isso que me faz sonhar todas as noites. É esse o combustível de meus desejos.
Sou uma pessoa estranha e deslocada, mas tenho certeza dos meus almejos. Sou feito de várias línguas, vários sabores, vários ventos, diferentes marés, odores variados e uma linha não traçada pelo destino.
Meu destino é qualquer coisa. Meu destino é uma praia no fim de noite sem ter planejado isso previamente.
Sozinho ou acompanhado. Sóbrio ou embriagado. Feliz ou entristecido. Saudoso ou nostálgico. Serei sempre o garoto que anda pelas estradas da vida sem saber qual meu rumo certo, ou meu plano a ser seguido.
Depois de muitas palavras e algumas músicas a frente, parei pra pensar o quanto escrever me liberta de mim mesmo e me faz lembrar o porque gosto de ser livre. Mesmo não fazendo sentido pra ninguém, mesmo sendo um texto alucinado para outros. Para mim, é o meu texto.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Mais um medo do Lucas.

Um tempo atrás ouvi alguém falando sobre o medo do sucesso e quais complicações ele trazia para um novo empreendedor ou alguém que almeja subir na vida. Eu simplesmente estalei minha língua, dei de ombros e disse que isso era impossível. Quem um dia teria medo de ser bem sucedido, de alcançar seus objetos financeiros e pessoais? E hoje, lembro-me deste dia e deste mesmo estalo de língua e o que estala agora são meus ossos e esse calafrio que percorre minha espinha.
Quem eu sou pra algum dia me achar digno de sucesso?
Sabe, não pretendo parar agora, não pretendo pular deste barco em movimento e me deixar levar pelas águas ternas da vida. Pretendo seguir, pretendo remar o barco, e mesmo que, acidentalmente, o barco afunde, eu dei o meu melhor, e continuarei nadando até meus braços atrofiarem de dor.
Eu tenho medo do sucesso, mas tenho medo agora. Nunca tive antes e pretendo nunca mais ter. Espero chegar no meu altar tão esperado. E mesmo com receio de chegar nesse sucesso que ainda está longe, eu continuo. Continuo convivendo com meus medos e cada dia aprendendo mais a deixa-los para trás.

E como sempre, em uma epifania de medo e desespero, eu começo escrever e na metade do meu texto a terapia surti efeito.

Mais uma vez contraditório. Mais uma vez amedrontado. Mais uma vez certo do que fazer.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Meus quase vinte anos?

Sabe, eu estive pensando na vida e nos meus quase vinte anos.
Passei por tanta coisa e ainda assim me faltam milhares de anos de experiência, encho minha boca para falar que possuo prática em determinados assuntos e esqueço o quanto sou um bebê em outros.
Não posso sair por ai espalhando para o mundo minhas proezas, não tenho este direito. A única coisa que cabe a mim é esperar ansiosamente cada experiência nova a ser vivida, cada correr no parque, cada viagem, cada novo prato experimentado, cada estado novo visitado, cada pessoa nova conhecida, cada roupa nova provada.
As pessoas ao meu redor se esquecem do quanto somos seres humanos e o quanto estamos em constante mudança e aprendizagem. Esquecem que acima de tudo, somos pessoas pensantes e sentimentais, e discorrem de nossa vida sem o menor dos pesares. Dizem-nos o que fazer, quando fazer e como fazer, como se fossem donos da verdade e soubessem cada segundo vivido em nossa vida.
Um conselho de quem ainda não viveu nem um décimo do quanto quer viver: vivam, se permitam, quebrem seus limites e mudem a cada momento. Sejam felizes.