quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Madrugada sombria ao seu lado.

Acordo assustado, a vontade de ir ao banheiro é iminente, o sono me deixando como gotas de suor, o medo generalizado tomando conta do meu eu interior, os passáros cantam alvoroçados na janela e minha única certeza é a vontade de um abraço.
Minha respiração lenta dificulta a chegada de oxigênio em meu cérebro bloqueando meus pensamentos e me deixando sonolento. Após meio abraço dado procuro aconchego nas cobertas quentes que tomam contam da minha pele como feitas para mim. A sonolência vai embora deixando lugar para uma dor inevitável e pertinente. O coração dispara e eu não penso duas vezes em te acordar para te dizer o quanto te amo. Não foi o suficiente para você prestar atenção em mim. Então volto meus pensamentos no futuro, na qual já estou acostumado a pensar toda madrugada gelada, mas essa é diferente. A madrugada não está mais fria como antes. O calor me abraça como se fossemos um só, e eu encontro acalanto na minha noite sombria. 
Não, o simples fato de você ter de dormir não me faz deixar de te amar. Não, o seu sono não me atrapalha.
Eu volto meus olhos para seu rosto pálido já familiarizado com cada pedaço de sua derme, e tudo que consigo sentir é alegria por eu ser o priveligiado de estar ao seu lado.
A sua respiração ao dormir tranquiliza meu ser, e sua serenidade me traz um sono que me faz adormecer no mesmo momento. Só você sabe o que eu preciso mesmo não sabendo o que fazer.