segunda-feira, 6 de abril de 2015

High all the time!

Um texto, uma palavra, um livro, uma poesia, tanto faz.
Algo a ser dito, nunca será ocorrido.
Preciso escrever, preciso desabafar, e então me encontro de frente para meu velho blog terapêutico.
Mas as toxinas do cigarro em meu sangue me fazem entrar em alguns dilemas quanto a mim mesmo.
Penso em todas minhas épocas de vida que já passaram. Penso em como pude ser tão fraco de abrir mão de minha própria essência para outra pessoa.
Penso em como pude largar uma vida inteira pela frente pelo simples conforto e luxo.
Isso nunca fez parte de mim, sempre fui tão livre.
Tenho sido mais desapegado também.
E eu que não gosto de me rotular, estou aqui, escrevendo o que sou.
As vezes me imagino dentro de um copo de alguma bebida qualquer, sempre a tentar escapar dos gelos boiando em minha frente e almejando chegar na borda do copo.
Ultimamente tenho realmente estado no fundo do poço, já que essa maré cheia de azar parece não querer me largar.
Meu pensamento positivo sempre me faz perceber quanto chão ainda tenho pela frente.
Quantas viagens ainda a fazer. Quantos olhos diferentes a encontrar. Quantos topos a escalar, escadas a subir, paisagens a adorar, pessoas a conversar, línguas a aprender, fotos a tirar, comidas a provar, cheiros a se deliciar, luares a se apaixonar, camas a adormecer.