domingo, 3 de junho de 2012

Nothing mom, nothing.

Nostálgico como minha mãe lavando a louça. Tudo o que eu almejo é um pouco daquele sentimento materno me sufocando com braços e abraços. Sinto a melancolia se espalhando pelo ar em minha volta como aqueles pincéis sujos de tinta aquarela sendo tocados na tela de qualquer pintor suburbano e viciado. O frio nos remete à sentimentos antigos, antiquados e de nossa infância. Minha mãe pousava sua cabeça já cansada do trabalho caseiro, no lastro da porta de meu quarto e fazia perguntas como: 'O que está fazendo?' 'Quer comer algo?' 'Está na hora de tomar banho, não é?'. E tudo o que me restava era responder secamente suas retóricas perguntas que apenas queriam puxar assuntos aleatórios comigo.
Bordões dizem que só damos valor após perder. No entanto, eu ainda não a perdi, apenas não convivo o quanto eu gostaria com ela. E desde aquele momento de despedida, na qual tive, obrigatoriamente, que largar de sua mão, eu já sabia que faria falta acordar todo dia cedo, vê-la dormir um pouco a mais.
Saudades, o que me cabe neste momento.

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