As pessoas estão entupindo os esgotos da cidade de mentiras e hipocrisias. Os alagamentos já se iniciaram. E todos estes excrementos voltam para seus verdadeiros proprietários.
As ruas estão sujas de toda esta violência. A cada cinco passos vejo gotículas de sangue eternizadas nas pedras do calçamento. Milhares de estórias essas calçadas poderiam contar, tantas que se falassem escreveriam um livro. Prédios de falsidade e corrupção erguem-se a cada pôr-do-sol, e sempre um superior ao outro, como se disputassem o título de protuberância. E seus donos cada vez mais vangloriados pelo feito. Sem perceber que em alguns instantes tais prédios cairão sobre eles mesmos. Os esmagando em um rio de lama, onde não será possível a respiração, muito menos uma tentativa de socorro. Será tarde demais.
Eles morrerão em seus próprios podres. Em suas próprias façanhas. Em seu alter ego.
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