Num banco de praça, enquanto alguns latidos de cães se misturavam com o plangor de crianças, e a gravidade insistia em não deixar que as folhas secas permaneçam em seus determinados galhos, estava eu. Apenas pensativo, e aproveitando o sufoco de cada tragada de fumaça cinza de meu cigarro. Eis que ressurge a imagem de uma vida cheia de glórias, sucesso e triunfo. Então a hesitação se espalhou pelas veias de meu intelecto e me causou uma certa embriaguez pós-escolhas.
Minha única saída seria um ato de desespero na qual não seria capaz de fazê-lo neste momento, levantar de meu banco e ir para casa.
O máximo que conseguia fazer era padecer imóvel, elogiando para mim mesmo o dia lindo que rotineiramente passava em minha volta. E para contradizer qualquer padrão pré-estabelecido, os ruídos que antes melindravam-me, era o exclusivo motivo que me mantinha ofegante e vivo.
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