sábado, 4 de julho de 2015

Tem noites tão noites.

Tem noites que nem meu cigarro e uma bebida tiram esse buraco negro que parece existir dentro do meu peito e tudo que sobra no outro dia é uma ressaca depressiva de sentimentos afundados na madrugada anterior.
Tem noites que as lembranças criam asas e percorrem os lugares mais sombrios da minha alma, trazendo a tona erros comuns antigos me fazendo sentir um pesar gigantesco.
Tem noites que tudo que eu mais desejo é que a hora passe e algo novo aconteça para que eu me distraia e esqueça essas tristezas que se resultam em lágrimas.
Tem noites que tudo que consigo desejar é que meu corpo transcenda e eu deixe de ser eu mesmo e me torne algo melhor.
Tem noites que meus sentimentos ficam tão confusos que eles mais parecem um emaranhado de fios na minha cabeça do que uma linha de raciocínio.
Tem noites que eu espero o ar entrar em meus pulmões com um gosto diferente, mas nada acontece.
Tem noites que eu quero que tudo acabe e essa tristeza me deixe em paz e apenas me faça sorrir com leveza ao pensar na vida.
Tem noites que eu apenas sobrevivo até o primeiro raiar do sol ou até que o sono seja tão forte que meus olhos simplesmente fechem diante da televisão.
Tem noites que não tem explicação e por mais que eu me esforce pensando qual o motivo para tudo isso, eu acabou sempre no ponto de partida.
Tem noites que não tem fim.
Tem noites que eu esqueço.
Tem noites que eu choro.
Tem noites que eu continuo.
Tem noites sem esperança.
Tem noites que nada está legal.
Tem noites que me sinto a pior pessoa do mundo.
Tem noites intermináveis.
E tem as noites mais escuras que as outras. Noites como a noite de hoje.

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