Há quanto tempo não sentia tamanha confusão se espalhando como pensamentos tumultuados em meu cérebro?
Eles percorrem cada neurônio. Cada gota de sangue que os transportam é uma lágrima que escorre desperdiçada.
Minhas coisas já não me pertencem, minha mobília não faz parte desta casa. Tal casa que nem ao menos posso declarar que é minha.
Uma única palavra predomina o momento. Sua palavra dita de mal jeito, de tal maneira que interpreto erroneamente.
Tentativas falhas de discernimento são como ferro quente marcando qualquer rabisco em minha pele.
Uma nova tatuagem a cada tristeza e mágoa momentânea? Algum dia não haverá lugar em meu corpo para todas estas marcas, e enfim chegará o momento de parar de sofrer. Chegará o momento menos choro e mais sorriso.
Enquanto aguardo, ouvindo músicas deprimentes e me afundando cada vez mais neste dilema, procuro motivos nas outras pessoas para se ter o minimo de dignidade.
Um dia chegaremos lá, de mãos dadas e com um belo sorriso estampado, nem que tal seja falso, mas permanente.
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