O que que há? O que falta enxergar?
Eu não sei de absolutamente nada, eu apenas finjo saber. Apenas para meu bel-prazer, apenas para não falar sobre o que tenho, apenas por parar de respirar por dois minutos.
A cada piscar de olhos um arrepio me corre pelas costas, assim mesmo continuo a pensar que estou morto.
Onde está a vivacidade? Onde foi parar a alegria? Quem está no seu lugar?
Uma música ou um trecho de livro, enquanto seguro o choro que me faz parecer fraco.
A escuridão toma conta de minha visão, e meus sentidos tão aguçados não passam de meros efeitos ilusórios.
Minha fé colocada em jogo. Meu jogo, desafiado. Meu desafio, falecido. Meu falecimento, adiado. E minha vida, aguardando.
Falsas amizades me rodeiam enquanto hipócritas auto-intitulam-se heróis, já não sei mais em quem acreditar, em quem confiar e em quem me deleitar.
Os conceitos de civilidade e de ingenuidade se perderam em meio a copos soados de bebidas, risadas nem um pouco naturais e interesses próprios na qual não estou com vontade de presenciar.
Crianças, vocês não sabem brincar deste jogo que faz parte de mim desde meu nascimento.
E enfim chego no ponto de abandonar meus sapatos surrados e sujos de pisar em lugares indevidos, e percebo que meu maior erro foi acreditar em todos vocês.
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